Bruna Medeiros Gouvêa
Palestrante(a)
Bruna Medeiros Gouvêa
I CICLO DE DEBATES DO GEDEB: Reflexões sobre a formação nacional a partir de Caio Prado Jr.
Florestan Fernandes e Celso Furtado
Reflexões sobre a formação nacional a partir de Caio Prado Jr., Florestan Fernandes e Celso Furtado
O Grupo de Estudos em Desenvolvimento Econômico Brasileiro (GEDEB) foi formalmente criado em agosto de 2017. Formado por um coletivo de docentes e alunos vinculados à Graduação e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), a principal linha de convergência dos que compõem o GEDEB é a compreensão de que estudar os limites e as possibilidades do desenvolvimento econômico brasileiro, nos marcos do capitalismo, constitui uma tarefa histórica e teórica urgentes, principalmente levando-se em conta as tendências de esvaziamento do debate acerca do tema e o fortalecimento de análises atadas a movimentos conjunturais e de caráter a-histórico. Assim, torna-se imprescindível compreender a particularidade do capitalismo brasileiro, sem abrir mão de enfatizar as contingências impostas pelas relações com o capital estrangeiro na órbita do processo de reprodução ampliada do capital e das mudanças no padrão de acumulação capitalista ao longo do tempo.
Por essa razão, os dois primeiros anos de trabalho do GEDEB, com reuniões quinzenais às terças-feiras, foram dedicados à leitura, estudo e debate de autores clássicos – e seus comentadores – que, invariavelmente, analisam o desenvolvimento à luz do processo histórico de formação nacional, mais especificamente: Caio Prado Jr., Florestan Fernandes e Celso Furtado. A despeito dos limites e divergências que possam haver em relação a tais autores, é inegável que, em grande medida, todos eles pensam o processo de desenvolvimento e formação nacional como mudanças estruturais que vislumbram a superação dos liames coloniais, consequentemente, a supressão dos nexos de dependência externa e a diminuição da profunda desigualdade social que marcam o Brasil.
Respeitados os pontos de convergência, buscou-se, em cada autor, dar maior enforque ao que foi considerado um conceito-chave, ou objeto de síntese, com capacidade explicativa para o tema proposto e de interlocução com os demais. Dessa maneira, em Caio Prado Jr. foi alvo de maior atenção o sentido da colonização, como marco estruturante de nossa feição econômica e social, que se dedica a atender interesses forâneos (destacadamente o capital mercantil), e a tendência à reversão colonial em um país que ainda não vislumbrou a concretização da jornada de transição de uma economia colonial para uma economia nacional.
Já em Florestan Fernandes, o padrão de dominação burguesa (autocracia) é visto como essencial para a apreensão do nosso capitalismo – dependente –, que repousa na subordinação externa e na reiteração da desigualdade como plataformas de reprodução. Não por outra razão, de acordo com o autor, uma contrarrevolução, como bandeira das burguesias atrasadas, foi responsável por barrar a transição de uma democracia restrita para uma democracia ampliada e reiterar os laços de sujeição aos interesses do capital monopolista na fase do imperialismo total.
Em Celso Furtado, maior foco foi dado ao conceito de capitalismo pós-nacional, explicativo do momento histórico em que o alcance do capital monopolista, via empresas transnacionais, compromete cada vez mais as políticas, de fato nacionais, dos Estados, com consequências graves para países como o nosso, em processo de formação, acirrando o subdesenvolvimento.
Cabe destacar que esses autores não se restringiram a analisar a especificidade do capitalismo brasileiro por meio do processo de formação nacional, o que por si só já seria de grande valia. Como requer toda teoria social que se preze a tal, os autores e suas obras constituem, também, um aparato político, uma vez que não só elencam os problemas estruturais de nosso país como também apontam vias de superação do subdesenvolvimento.
É com vistas a realçar a relevância de tais autores, alinhavar os debates feitos ao longo de dois anos, divulgar os trabalhos do grupo, dialogar com a comunidade acadêmica e propor questões que nos permitam discutir e apreender a nossa realidade, que será realizado o I CICLO DE DEBATES DO GEDEB: reflexões sobre a formação nacional a partir de Caio Prado Jr., Florestan Fernandes e Celso Furtado.
Convidamos a todos para esse momento de interação e reflexão na expectativa de que seja apenas o primeiro dentre muitos Ciclos de Debates.
Programação
14:30 Abertura
15:00 Formação Nacional e Desenvolvimento: reflexões a partir de Caio Prado Jr.
Apresentação: Bruna Medeiros e Olavo José da Silva
15:30 Revolução e Contrarrevolução em Florestan Fernandes
Apresentação: Danne Vieira e Guilherme Stiegert Lage
16:00 Uma introdução ao pensamento de Celso Furtado
Apresentação: Gisleide Nascimento, Isabela Agapito e Matheus Pires
17:00 Debate
Palestrante(a)
I CICLO DE DEBATES DO GEDEB: Reflexões sobre a formação nacional a partir de Caio Prado Jr.
Florestan Fernandes e Celso Furtado
Palestrante(a)
I CICLO DE DEBATES DO GEDEB: Reflexões sobre a formação nacional a partir de Caio Prado Jr.
Florestan Fernandes e Celso Furtado
Palestrante(a)
I CICLO DE DEBATES DO GEDEB: Reflexões sobre a formação nacional a partir de Caio Prado Jr.
Florestan Fernandes e Celso Furtado
Palestrante(a)
I CICLO DE DEBATES DO GEDEB: Reflexões sobre a formação nacional a partir de Caio Prado Jr.
Florestan Fernandes e Celso Furtado
Palestrante(a)
I CICLO DE DEBATES DO GEDEB: Reflexões sobre a formação nacional a partir de Caio Prado Jr.
Florestan Fernandes e Celso Furtado
Palestrante(a)
I CICLO DE DEBATES DO GEDEB: Reflexões sobre a formação nacional a partir de Caio Prado Jr.
Florestan Fernandes e Celso Furtado
Palestrante(a)
I CICLO DE DEBATES DO GEDEB: Reflexões sobre a formação nacional a partir de Caio Prado Jr.
Florestan Fernandes e Celso Furtado